domingo, 26 de outubro de 2008

Estamos de volta!

Após um longo inverno, as postagens estão de volta. Os motivos desse abandono temporário são vários, como falta de tempo, bloqueio criativo e falta de apoio dos outros participantes. Seja como for, pretendo dar continuidade ao trabalho iniciado.
Para nosso impulso inicial, farei uma breve análise sobre ditos e poemas populares, uma questão que me intriga.
Sendo populares, esses ditos passam pela oralidade e nesse processo acabam sofrendo modificações. Essas modificações podem ser desde uma leve sinomização, até uma completa distorção de sentido. Vamos aos exemplos. "Batatinha quando nasce, se esparrama pelo chão". No poema amplamente conhecido, houve uma pequena modificação, sendo o original: "Batatinha quando nasce, espalha ramas pelo chão". Observe que o sentido não foi prejudicado, apenas metaforizado, afinal ninguém imagina uma batata virando purê depois de nascer, nem mesmo as crianças, e digo isso por experiência própria. No entanto, a derivação pode criar algo totalmente novo como no caso de "Quem tem boca vai à roma". Muito tempo atrás eu me indaguei sobre o motivo de Roma ser ponto de referência ao invés de qualquer outro lugar, e minha conclusão foi de que na época em que foi criado o ditado, Roma era a importante capital do império romano -todos os caminhos levam à Roma, não é mesmo?- ou talvez tivesse alguma relação com o Vaticano e o Papa. Anos depois, para minha supresa e perplexidade, descubro que o ditado é assim por conta de uma corruptela, muito provavelmente criada pela oralidade, sendo o original "Quem tem boca vaia Roma", isto é, um ditado com um significado completamente diferente.
Esses exemplos demonstram a importancia da linguagem escrita, pois sem ela não teríamos consistência para formar argumentos duradouros, sem que estes sofressem possíveis alterações de sentido.

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1 Comentários:

Blogger Deborah disse...

acho que alinguagem oral serve pra modificar as coisas, da maneira como vivemos hoje, diferenciando do passado.

então, droga, concordo com você.

26 de outubro de 2008 às 17:39  

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