segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Direto da constelação Carina

O planeta Terra é um lugar muito engraçado, mas imagino que apenas para quem olha de fora. O que torna esse mundo engraçado é a presença de seres vivos ,principalmente os humanos. Os motivos da graça são muitos. Os humanos são extremamente frágeis, sendo muito fácil esmagá-los, cortá-los ou explodi-los. Além disso, precisam de alimentação regular, hidratação e (acreditem!) precisam respirar constantemente para a manutenção de suas miseráveis vidas.
O que poderia fazer esses desprezíveis seres levarem em frente suas existências? Essa é uma das partes mais engraçadas. Eles têm fé. Acreditam em forças superiores. Acreditam que suas vidas serão melhores. Acreditam que tudo vai mudar. Como é possível que essas criaturas sejam tão ignorantes?
Se não bastassem todos esses fatos, esse seres fazem questão de destruir o próprio planeta onde vivem. Acabam com todo tipo de vida e com os recursos necessários para mantê-los vivos.
Se nós viermos a invadir este pequeno asteróide algum dia, provavelmente não haverá mais ser vivo algum.

sábado, 22 de novembro de 2008

Era uma vez três irmãos. Eles gostavam muito um do outro e de suas vidas. Certo dia decidiram escrever a história de suas vidas e origens. Começaram então os três a planejar a história juntos. Quando a tarefa estava quase completa, cada um foi para sua casa dormir. Cada um sonhou com personagem da história, decidindo torná-lo o mais importante da narrativa. No dia seguinte, chegaram empolgados para contarem aos irmãos suas decisões, e ficaram muito decepcionados ao ver que as opiniões diferiam. Estavam tão decididos a escrever suas versões da história que, ao invés de tentarem um acordo, brigaram e foram cada um para um canto escrever seus livros. Nunca mais fizeram as pazes. O nome que o primeiro irmão deu ao seu livro foi Tanakh, o do segundo foi Bíblion, e do terceiro Qu'ran; ainda que o conteúdo fosse praticamente o mesmo, cada um fez questão de ressaltar que apenas o seu era verdadeiro.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008


Hoje, dia 21 de novembro, é aniversário de morte de um artista que eu admiro muito, René Magritte. Decidi portanto postar essa imagem inspirada na grande obra do pintor surrealista.

sábado, 15 de novembro de 2008

Inacreditável!

Eu me pergunto se a pessoa que respondeu isso estava levando a prova a sério...
Moléculas celebraisClique na imagem para ampliar

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Era um homem comum. Sua principal característica era ser comum. Achava isso bom, gostava de ser comum. Não apenas gostava: fazia tudo o que podia para ser alguém comum. Ia e voltava do trabalho de metrô, pois era mais comum. Trabalhava em uma dessas empresas com milhares de empregados em pequenos cubículos. Gostava disso pois era um alguém no meio dos outros, um anônimo. Nunca fazia o trabalho excepcionalmente bem, pois isso poderia gerar uma promoção e chamar atenção, mas também nunca deixava trabalho por fazer, isso também faria olhares cairem sobre ele.
Havia muito tempo vivia em um pequeno apartamento em um grande prédio comum. O número do apartamento era 241, pois parecia um número comum, que não causaria curiosidade em ninguém que passasse em frente à sua porta. O interior do apartamento era simples e pintado de um branco comum.
Sempre se esforçava para falar sem o menor traço de sotaque, não podendo assim ser caracterizado por isso. Até mesmo em conversar informais com os colegas, havia uma extrema preocupação em não puxar erres e esses.
Não gostava de sair, mas não recusava o convite dos colegas para não ficar marcado como aquele que sempre recusava o convite. Nas festas conversava com algumas pessoas para não parecer antisocial, mas evitava parecer muito extrovertido.
No final de sua vida, teve uma morte comum. Foi um funeral comum, não muito bonito, nem simples demais. Em sua tumba a lápide indica: "Ele foi comum".
Ele era comum com muito orgulho. A pessoa mais comum que alguém já conhecera. Sim, ele era mais comum que qualquer outro. Não houve alguém no mundo que fosse mais comum.

Iron Man Alternate Ending

Simplesmente genial! O que mais eu posso dizer?

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Frase inteligente do dia

Para que razão, se podemos ser humanos.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Adentrou o gigantesco portal, com seus adornos em alto-relevo e as infinitas marcas que haviam sido riscadas neles através das eras. As marcas eram tantas quanto as cicatrizes em seu corpo e as mondrongas figuras grafadas em ferro frio faziam uma estranha alusão ao seu rosto. Sentia com leveza os olhares de seus dois companheiros e com mais força a carga dos olhares daqueles que haviam se sacrificado para que aquele momento ocorresse. Havia também o fardo dos anos que aos poucos tiraram-lhe companhias, pedaços, amores. O maior peso talvez fosse o das lembranças de sua jornada, sua vida.

Nada daquilo conseguira parar sua determinação e derrubar sua vontade. Haviam sido milhares de kilômetros, milhões de lugares, incontáveis passos. O momento mais atormentante havia sido transpor as escadarias, vidas inteiras haviam começado e se acabado para transpô-las.
Chegou ao topo da torre, prostrou-se vagarosamente e parou por muito tempo. O próprio tempo havia parado. Alcançar sua utopia, seu onírico desejo, era um golpe forte demais para resistir em pé. Em seu momento extático, lembrou-se de absolutamente tudo que sua mente foi capaz de guardar. Organizou tudo em seu lugar. Era possível ouvir o som de planetas se movimentando.
Descerrou os olhos e com o ímpeto que o levou até lá, sentiu a frieza dos portões e rasgou o silêncio com um brusco movimento, capaz de abrir qualquer porta do mundo. Tragou o ar para os pulmões e pôde avançar com com toda segurança e com a maior desconfiança de sua vida.
Olhou para fora e viu. Lá estava a trilha na qual seguira. As cidades pelas quais passou. O local de onde iniciou sua jornada. Além mais, havia outras cidades, países e reinos. Mas isso era só o início, pois ali estava o mundo, muito pequeno perto de outros que vinham depois. Lá estava o universo. Tudo.

Olhou para os companheiros ao seu lado, expressando esperança e felicidade que dominavam a expressão de cansaço antes presente. Com um largo movimento do braço, enfim disse:
- Além disso, nada mais existe.
Girou a capa sobre o corpo, chamou os amigos e partiu.

domingo, 2 de novembro de 2008

Estive pensando como seríamos seres melhores caso não tivessemos sentimentos. Já pensaram o número de casos de crimes passionais que desapareceriam? Provavelmente não haveriam guerras também. As pessoas só não seriam mais felizes porque isso também é um sentimento. Eu seria uma pessoa melhor com certeza. Momento de sonho acordado...

sábado, 1 de novembro de 2008

As coisas como são

Eu já tinha pensado nisso algum tempo atrás, mas ver a idéia concretizada ficou muito melhor do que poderia imaginar.

Copyright Deborah Happ 2008