segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Lembro-me bem de quando nos sentávamos nos bancos de pedra do parque e conversávamos. Ela me chamava de bobo, mostrava a língua e depois abria um sorriso que iluminava seu rosto, irradiando juventude. Aquele sorriso fazia nossa diferença de idade se expandir de maneira absurda. Ainda que eu me sentisse um velho perto dela, o sorriso iluminava meu coração, e paradoxalmente me fazendo sentir criança por dentro.
Tudo isso aconteceu a muito tempo e acabou de forma muito trágica, mas em alguns momentos lembro desses encontros como se fosse ontem, e deixo de lado a parte triste de história, me trazendo instantes de felicidade antes que a realidade me cubra com seu manto sombrio.

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Para Paula.

Copyright Deborah Happ 2008