terça-feira, 30 de dezembro de 2008

O blogger apagou meu último post por algum motivo sinistro, o que significa que terei que reescrevê-lo. Não garanto que vai ficar igual, mas vou tentar. Odeio escrever duas vezes a mesma coisa... Tudo bem, amanhã é 31 de dezembro e, como o ano, o problema passa.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Iniciou-se durante um momento de raiva. A porta estava emperrada e ninguém conseguia abrir. Após um quente, problemático e cansativo dia de trabalho, nada melhor que arrombar uma porta com um chute. A sensação era incrível! Como algo simples e violento podia ser tão revigorante?
Voltou para casa, sentindo-se livre dos problemas e preocupações. Sonhou que abria violentamente portas durante toda noite. No dia seguinte, ao chegar no trabalho, quis contar aos colegas como aquilo fora bom para ele, mas não contou. Ficou com receio do que poderiam pensar dele quando dissesse que gostava de arrombar portas. Não precisava compartilhar, os outros que ficassem com suas vidas monótonas.
Os dias se passaram, e o extase inicial foi tranformando-se em desejo, necessidade. Ele precisava repetir o feito, ainda que fosse mais uma única vez. Não houve necessidade de premeditação, agiu pelo impulso e oportunidade. Saindo do trabalho mais tarde, decidiu voltar para casa andando. Eis que surgiu o momento esperado, quando passava pelo bairro do subúrbio. A família de classe média saía de casa com seus dois filhos pequenos. O carro ainda estava virando a esquina quando ele começou.
Acordou no dia seguinte atrasado para o trabalho. Estava com uma ressaca terrível. O que havia acontecido na noite anterior? Não lembrava. Foi ao trabalho normalmente, e na noite seguinte sonhou com portas. Nunca mais foi invadido por vontades estranhas.

E a pedidos...



quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Pra ajudar minha falta de inspiração, fiquei sem PC uma semana. Descobri que configurar rede sem fio é um saco, mas consegui. Verei se consigo postar alguma coisa decente em breve.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Crise criativa, não estou conseguindo terminar as coisas que começo a escrever. Tentarei superar isso o mais breve possível.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Todo esse enorme deserto, em toda sua escaldante extensão, não há um único lugar para se ler um livro em paz. Que irônico.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Estava pronto para se levantar quando chegaram as mulheres. Uma delas anunciou em voz alta para que aguardassem e nesse meio tempo seria servido bolo com sorvete. Ele não queria bolo com sorvete, queria ir embora. Quando o carrinho que servia o doce se aproximou, comentou com o amigo que o bolo parecia muito seco. O amigo disse que o bolo era de amêndoas, como se isso deixasse tudo melhor, o que o deixou irritado.
Depois de algum tempo que lhe pareceu muito, avistou na multidão que se precipitava em direção à saída um conhecido, mas não foi cumprimentá-lo, não gostava dele. Percebeu que não gostava de muita gente. Bem, pensou, a culpa é delas. Talvez fosse mesmo.
Todos foram embora e ele ficou, percebendo que não tinha mais vontade de sair. Agora queria bolo com sorvete, mas o importante é que não estava cercado de desconhecidos. E de conhecidos. Não deveria ser "antes só do que mal acompanhado", isso estava errado. Antes só do que acompanhado, isso sim fazia sentido.
Após um longo tempo relaxando na semi-escuridão, levantou-se para procurar um telefone. Precisava dizer à namorada que a odiava.
No lado de fora viu o quiosque que vendia doces e quis roubar um, não porque não tinha dinheiro, mas porque odiava o dono do quiosque. Não era um ódio sem motivo, aquele era um homem mau, tramava coisas ruins para pessoas boas, não respeitava e agredia sem motivo, era o homem assustador que via nas ruas quando era criança, era também o pai de sua amiga que a agredia, para completar, era seu avô alcoólatra.
O quiosque parecia vazio, um bom momento para agir.

Continua...


PS: percebi que sonhos são uma excelente inspiração para escrever.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Inspirado em um sonho

Lia na velha poltrona embolorada. A noite já estava avançada. Assustou com o barulho, não esperava ninguém a uma hora dessas. Deveria, ele pensou.
- Não tenho direito a uma partida de xadrez, não é?
Não tinha. Pelo menos não teria que pagar ao charlatão que havia prescrito todos aqueles remédios.
- Posso fumar meu último cachimbo?
Foi-lhe permitido, e enquanto fumava deu-se o direito de mudar o livro: AOS VERMES QUE SEMPRE ROERAM MINHAS FRIAS CARNES DEDICO ESSA MENSAGEM DE ÓDIO DE TODA UMA VIDA.
Ninguém viu a nota.

Copyright Deborah Happ 2008